Sem tempo para ler? Clique no play abaixo para ouvir esse conteúdo.
Após superar as expectativas de produção na última safra, chegou a hora dos sojicultores brasileiros semearem o caminho para a colheita de novos ótimos resultados! Com a abertura da janela de plantio da safra de soja 2023/24 nas principais regiões produtoras, as atividades são iniciadas com cautela, priorizando um cenário mais favorável para o bom desenvolvimento das lavouras.
Neste novo artigo do Mais Agro estão reunidas as principais informações sobre o andamento do plantio da safra de soja nas regiões produtoras, as projeções para o clima e as expectativas de área, produção e produtividade para a atual safra de soja.
Como está o plantio de soja nas diferentes regiões?
O plantio da safra de soja 2023/24 teve seu início oficial marcado pelo evento Abertura Nacional do Plantio da Soja, ocorrido no dia 29 de setembro em Jaciara, Mato Grosso. No entanto, em algumas regiões, as atividades de semeadura começaram ainda na primeira quinzena de setembro.
Do total da área programada para o cultivo de soja na safra atual, 19% foi semeado até o momento, sendo que 52,2% dessa área se encontra em fase de emergência e 47,4% em desenvolvimento vegetativo, segundo os dados do Acompanhamento das Lavouras divulgado pela Conab no dia 16 de outubro de 2023.
O Paraná – Estado cuja janela de plantio inicia mais cedo – já semeou 31% da área destinada à soja, um aumento considerável em comparação aos 26% que haviam sido semeados neste mesmo período do ano passado. O tempo estável segue favorecendo a implantação da cultura.
No Mato Grosso, devido ao volume significativo de chuvas, o ritmo do plantio foi acelerado. A quantidade de chuvas está abaixo do ideal em algumas localidades, porém, ainda suficiente para o desenvolvimento inicial.
Com cenário similar, o Estado do Mato Grosso do Sul semeou 23% da área destinada à oleaginosa, as chuvas permitiram evolução da semeadura e da germinação dos talhões que foram semeados no solo seco.
Nos demais Estados produtores, como em Minas Gerais e na Bahia, o plantio segue lento e está concentrado em áreas irrigadas. As atividades nas demais regiões devem se intensificar quando chegarem as chuvas, fundamentais para fornecer umidade ao solo e propiciar plena emergência e desenvolvimento das plantas.
Leia também
Rachiplusia nu: o que está por trás da elevação de ocorrências?
Próxima safra: clima pode acentuar presença de mosca-branca
Daninhas na soja e as inovações que facilitam o controle
Projeções do clima
As previsões do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) para a segunda quinzena de outubro traçam cenários climáticos distintos com a influência do El Niño.
No Centro-Norte do país, a precipitação deve ficar abaixo da média, mantendo a umidade do solo baixa e afetando a semeadura e o início do desenvolvimento da lavoura. Já na região Sul, a tendência, com o fenômeno climático, é de chuvas acima da média, podendo haver excedente hídrico em algumas áreas e impactos no plantio, além de propiciar um cenário favorável para ocorrência de doenças. Ainda assim, a região deve se beneficiar com as chuvas, mas produtores precisam ficar atentos a ventos e granizo.
Nas áreas dos Estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo e sul de Minas Gerais a umidade no solo deve ser suficiente para atender às necessidades hídricas das fases iniciais de desenvolvimento.
As temperaturas, por sua vez, devem continuar bem elevadas, com exceção de algumas áreas do MS e da região Sul, onde os termômetros podem ficar um pouco abaixo da média, especialmente em áreas de maior altitude nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, devido à ocorrência de chuvas em dias consecutivos.
Apesar da cautela e apreensão com o clima, as previsões para a safra de soja 2023/24 são animadoras, com projeções de novos recordes de produção.
Expectativas para a safra de soja 2023/24
Mesmo com os preços sob pressão no mercado de grãos, que prejudicam a rentabilidade do produtor, o cultivo de soja no Brasil ainda se mostra uma opção com elevada lucratividade e liquidez, impulsionadas pela grande demanda internacional pelo grão e também pelo uso crescente na indústria de biocombustível. Assim, a expectativa para esta safra é de aumento de área, produção e produtividade.
De acordo com as projeções da Conab, 45,3 milhões de hectares deverão ser destinados à soja nesta temporada, um aumento de 2,77% em relação à safra passada. A região do Matopiba deve registrar um aumento de 6,5% na área plantada com a cultura, seguida por Goiás, com acréscimo de 2,7%, Rio Grande do Sul, com 1,8%, Mato Grosso e Paraná, com 1% e 0,8%, respectivamente.
Em termos de produtividade, a média nacional na safra anterior ficou em 3508 kg/ha, sendo, para este ano, projetado um acréscimo de 2,22%, resultando em 3586 kg/ha, tendo em vista a tendência de recuperação após os problemas climáticos enfrentados no RS.
As expectativas para o volume total de produção também são positivas, devendo passar de 154,61 milhões de toneladas na safra passada para 162,43 milhões de toneladas na safra atual, 5,1% a mais, registrando outra marca histórica, caso se concretize.
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, com o objetivo de impulsionar o agronegócio brasileiro com qualidade e inovações tecnológicas.
Acesse o portal da Syngenta e acompanhe a central de conteúdos Mais Agro para saber tudo o que está acontecendo no campo!
Mercado e safraSoja